Da série BH. A cidade de cada um, da Conceito (pela qual lancei meu “Fafich”, reeditado no ano passado), li agora “Colégio Estadual”, do jornalista Renato Moraes. Fui cheia de expectativa e emoção, não só por ter estudado ali entre 1975 e 1977, como pela possibilidade de aparecerem na história pessoas das minhas relações também ligadas àquela escola.
Meus dois irmãos mais velhos, Luiz Flávio e José Henriques (o Tostão), que viveram momentos intensos no meio estudantil nos anos 1950 e 1960, não comparecem no livro, mas meu tio João Etienne, que foi professor por décadas no Estadual, acaba sendo um dos personagens. Assim como a presidenta Dilma e outros, mais ou menos famosos, como os amigos Paulinho Saturnino, Márcio Borges, Beatriz Dantas, Toninho Horta, a família Borges Martins e tantos mais.
A narrativa de Renato Moraes busca não só a história do Estadual, como sua importância arquitetônica – desde que ganhou a sede desenhada por Oscar Niemeyer, ali na confluência de Santo Antônio e Lourdes, bairros nobres de Belo Horizonte -, como a mística em torno de um centro de formação política, cultural e afetiva da capital mineira.
O colégio foi tudo isso entre os anos 1950 e 1960, perdendo parte do encanto quanto mais se aprofundava a ditadura, com o ranço autoritário que se espraiava por tudo – até no simbólico de cercar de muros, grades, correntes e cadeados o espaço projetado para transpirar liberdade e criatividade.
Um único senão são informações datadas, como chamar de “hoje ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio” o governador de Minas, Fernando Pimentel. Bastava dizer “em 2014 ministro”… Fácil de corrigir na próxima edição.
Beijos, então!
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