Um par de autoras que eu não conhecia, Lene Kaaberbol e Agnete Friis. Elas são dinamarquesas e fazem sucesso por lá, mas até agora eu não tinha lido nada daquele país. “O menino da mala” (da editora Arqueiro) é daqueles thrillers que a gente não consegue parar de ler um minuto, pela tensão constante.
Já na primeira página uma mulher encontra uma criança de três anos dopada e nua dentro de uma mala guardada num depósito da rodoviária. Daí em diante, vem sequências de tirar o fôlego, com narrativas em perspectivas alternadas da enfermeira que encontrou o menino na mala, da mãe do garoto, em sua procura desesperada, do homem que o sequestrou, do mandante do sequestro, etc.
A questão dos imigrantes nos países nórdicos é sobejamente conhecida de quem lê livros de autores suecos como Stieg Larsson ou Henning Mankell. Na Dinamarca, a situação se repete, tanto que a protagonista trabalha em grupos de apoio a esses imigrantes.
Personagens e situações envolvendo antigas repúblicas do campo soviético, como Lituânia e Letõnia, com prostituição e violência, completam o quadro de uma aventura de suspense físico e psicológico imperdível para amantes do gênero – como eu.
Bisous!
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