O novo é um policial sueco (mais um!), Lobo Vermelho, da escritora Liza Marklund. Assim como seus conterrâneos Henning Mankell e Stieg Larsson, ela também sabe cativar o leitor. A tradução que li foi comprada em Portugal, então possui de quebra o delicioso sotaque com o qual convivi durante as férias, expressões que aprendi recentemente e que não dificultam em nada a leitura.

A trama tem como protagonista uma jornalista, Annika, que acaba de sair do trauma de ter sido vítima de um terrorista e começa a investigar outro caso ligado a terrorismo, mas ocorrido 30 anos antes, quando eram comuns na Suécia células de organizações maoistas adeptas da luta armada.

Ao descobrir que o marido a está traindo, Annika mergulha ainda mais na crise de nervos em que já andava. E nem a proibição da chefia lhe segura a gana de apurar tudo.

No meio da investigação, ela descobre o envolvimento da ministra da Cultura, tramas que envolvem a legislação sueca de telecomunicações, enfim, uma rede intrincada de interesses econômicos e políticos a comandar a vida das pessoas sem que elas saibam.

No final do livro, Liza Marklund explica que, embora seja uma obra de ficção, baseou alguns fatos e personagens em situações que viveu quando trabalhou num jornal, o Metro Weekend, impedido de circular por interesses escusos do governo – isso numa das democracias mais robustas do planeta.

E assim a gente vai aprendendo como são as coisas no nosso tempo.

Bjs!

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