Em ritmo de HQ e tom meio juvenil, o longa “Oblivion”, de Joseph Kosinski, com Tom Cruise, mistura tantas referências que parece até brincadeira de adivinhar de onde tirou tal ou qual ideia. O fã de cada filme do gênero vai encontrar um pouco de seu preferido…
A trama é meio boboca, mas, para quem gosta de ficção científica, há alguns atrativos, como a visão da Terra em 2077 devastada por guerra, destruição da Lua, tsunamis, radiação.
Os efeitos são o mais interessante do filme, principalmente a Lua despedaçada, as estações orbitais onde Tom Cruise tem sua base, os aparatos para sugar a água da Terra, os voos entre paredões de prédios soterrados numa Nova York que não há mais.
Quanto ao enredo, falta um mínimo de profundidade. O oblívio que dá nome ao filme é o esquecimento provocado pelo apagamento da memória feito nos clones para que o passado não traga riscos à operação. Mas o amor fala mais forte que o oblívio, pondo tudo a perder.
A presença sempre marcante de Morgan Freeman soa estranha, mesmo ele no papel de um velho – se em 2017 ele já era oficial, como permanecer em ação, e haja ação!, 60 anos depois?
Assim, com incongruências e desperdícios, como o cão que aparece no início e não tem função nenhuma, o filme passa sem arroubos, a não ser para fanáticos por ficções futuristas cheias de efeitos. Mas esses definitivamente estão mais pra videogame do que pra filosofia.
Beijus!
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