Terminei a leitura do terceiro volume do trabalho do Elio Gaspari sobre o regime militar, A ditadura derrotada (Companhia das Letras). Que bom que os sebos existem e nos vendem, a preços viáveis, livros praticamente novos como os dois últimos da série, que comprei recentemente. Este e o quarto, A ditadura encurralada, que já comecei a ler.
No terceiro, o jornalista se atém mais à biografia de Geisel e Golbery, os artífices do terceiro momento do regime militar no Brasil, nos anos 70 (os dois primeiros haviam sido o governo Castelo Branco, antes da edição do AI-5, e os de Costa e Silva e Médici, com o endurecimento da repressão).
Em 1974, Geisel toma posse e acena com a distensão lenta, gradativa e segura. O tempo ainda é de predomínio da violência repressiva, mas ele e Golbery estudam o fim da censura e das mortes nos porões, embora ainda se sintam à vontade com os instrumentos de exceção à mão.
Os livros, desnecessário dizer, são altamente informativos e desnudam um período da vida nacional que eu, pessoalmente, vivi com amargura e esperança, pois já lutava e acreditava que “amanhã vai ser outro dia” – como de fato foi.
PS – Ah, e sobre o livro do Schwanke que a C/Arte está editando, soube pelo Fernando Pedro que o lançamento deverá ser no final de março, no Museu de Arte da Pampulha. Vamos aguardar!
Beijins!
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