O documentário Lixo extraordinário é forte candidato ao Oscar em sua categoria. Coprodução entre a Inglaterra e o Brasil, tem direção da britânica Lucy Walker e codireção dos brasileiros João Jardim e Karen Harley.
Não que seja um primor em matéria de linguagem cinematográfica. Convencional, chega a assustar, no início, pelo tom artificial, inclusive pelos diálogos em inglês de personagens brasileiros falando entre si. Câmera burocrática e falas burocráticas não antecipam a torrente de boas histórias e emoções que está por vir.
Tudo isso se passa enquanto o artista plástico Vik Muniz e sua equipe estão tendo a ideia de fazer um trabalho social e artístico junto ao pessoal do lixão, no Rio de Janeiro. Quando entram em cena os catadores do Jardim Gramacho, no entanto, a história é outra.
Tião, Ísis, Zumbi, Suelem e outras figuras carismáticas, com sua vida misturada ao lixo e suas lições ambientais e humanas, se transformam e transformam quem os acompanha por intermédio do trabalho de Vik Muniz. Com eles, o filme ganha, mais que valor como obra, uma importância política impensada.
É preciso ver Lixo extraordinário.
Beijos!
Foto: Divulgação
Clara,
Convenceu-me.
Quero ver.
Ainda mais que vi Estamira.
Beijo,
Terezinha