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É Federal. A megaprodução brasiliense, que se passa aqui na capital federal, tem a qualidade de mostrar na tela grande o cenário de Brasília, com seus ângulos naturais e arquitetônicos sempre lindos, trazer no elenco artistas da terra, mas peca por uma série de problemas.

Parece Tropa de elite, mas passa longe. Um experiente agente da Polícia Federal (Carlos Alberto Riccelli, com Selton Mello na foto) monta uma equipe incorruptível para enfrentar um poderoso traficante de drogas que age em Brasília, tendo a cidade-satélite de Ceilândia como base e um agente do DEA americano (Michael Madsen) como traidor.

Importantes discussões são colocadas no filme pelo diretor e roteirista Erik de Castro: tortura, ditadura, métodos de combate ao crime, infiltração de criminosos em ONGs, seitas religiosas, estruturas de poder. Mas nada vai muito fundo.

Embora haja bons trabalhos de ator, algumas cenas são malfeitas ou mal acabadas. As de Madsen, por exemplo, são péssimas. A cena final, mal interpretada e mal costurada, rende-se à onda do primeiro Tropa de elite, ao consagrar a “capitulação” do mocinho à realidade da instituição. Como se, enfim, houvesse que se render à “vida real”. Os bandidos justificam o fim dos heróis: tornar-se um deles para combatê-los.

Federal, assim, não passa de um thriller policial menor do que poderia ter sido. Sem fôlego para ir fundo como pretendia. E podia.

Beijinhos!