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O cineasta Oliver Stone nunca se poupa os assuntos mais polêmicos ou espinhosos. Já tratou do capitalismo, do imperialismo, de Kennedy, Nixon e seja quem for. Com Wall Street 2 – O dinheiro nunca dorme, ele volta a um de seus grandes títulos, personagens e temas, e os joga no olho do furacão que assolou o mundo há dois anos: a crise econômica global, que no Brasil, como previa o presidente Lula, ficou na marolinha, mas em países menos preparados, ou menos bem governados, como os EUA, varreu do mapa empresas e vidas.

Lembram-se de Gordon Gekko, que Michael Douglas interpretou brilhantemente? Saiu da cadeia e hoje vive de vender livros e fazer palestras. Ele antevê a crise e até dá conselhos ao genro, Shia LaBoeuf (os dois na foto), em troca de um favor do rapaz: reaproximar o antigo magnata da filha que rompeu com ele.

Freud explica que a menina, que renega o pai, tenha se envolvido justamente com um corretor de Wall Street. Só que o rapaz, como a moça, tem boas intenções e defende a causa ambiental. E, nesse embate entre ganância e princípios, se colocarão a velha raposa e o jovem idealista, enquanto o mundo treme ao baque dos bancos que quebram.

Bom filme, apesar do previsível jogo de cartas marcadas.

Beijocas!