O saxofonista Leo Gandelman, que está tocando esta semana no Clube do Choro, disse que, quando recebeu do presidente da casa, Reco do Bandolim, o convite para tocar na série em homenagem aos 50 anos de Brasília, foi avisado que o repertório teria somente choro. “Preparei lençol e balde e vim”, disse o bem-humorado músico.
O show dele na quarta-feira, ao lado do grupo brasiliense Choro Livre, foi uma delícia. Embora nunca tivessem tocado juntos, eles mostraram a bossa e a experiência de grandes artistas – isso embora a banda de apoio seja formada por jovens da capital, com pouca estrada, mas muito talento.
No repertório, Pixinguinha, Cartola, Radamés Gnatalli, Waldir Azevedo e tantos outros expoentes do gênero mais brasileiro. Um dos momentos altos foi Noites cariocas, de Jacob do Bandolim, com a participação do próprio Reco (na foto, com Leo Gandelman).
O Clube do Choro, assim, começa o ano com fôlego, numa das poucas iniciativas já em curso de comemoração cultural à altura do cinquentenário de Brasília.
Nas próximas semanas, tem Marcel Powell, Zé da Velha e Silvério Pontes, entre outros…
Beijocas!
Posts recomendadosVer Todos
A descoberta do Brasil e outros deslocamentos
Delicada e forte carpintaria literária
Diferentes emoções numa impressionante coleção de contos
Silêncio! Precisamos ouvir o canto da iara
Nas alturas escarpadas da estética
Falta de pensamento e de contato com a realidade, e a canalhice de sempre