Leitores, como o amigo Wá, estão na mesma sintonia que eu. Depois de ler (durante a viagem a Caxias do Sul, para a abertura da exposição do Paulo de Araújo, 3XNeusa) a excelente biografia de Nelson Motta, Vale tudo – O som e a fúria de Tim Maia, sobre o rei do suingue brasileiro, troquei a ideia fixa de Beatles pela monomania de Tim. Comecei a reouvir tudo que tenho, das obras inesquecíveis às mais picaretas (coletâneas essencialmente comerciais) e discos póstumos, sem tanto valor que não o sentimental.
Parei nos dois em inglês: a coletânea These are the songs – Tim Maia canta em inglês, lançada em CD em 2001, mas com faixas antigas de sua autoria; e What a wonderful world, com canções americanas, lançada em 1997, pouco antes de sua morte, naquela leva de discos que ele produziu em seu estúdio, com a eterna banda Vitória Régia.
Assim como aqueles em que Tim relê a bossa nova, esses são exemplares do vigor de intérprete de um criador raro. Sobre isso, pouco depois da morte de Tim encomendei ao Rick (meu irmão) que gravasse um CD pra mim só com releituras de Tim para pérolas dos outros. Tem das bossas novas a Arrastão, Oceano, Saigon, Lindo lago do amor, Só você, Como uma onda e dezenas de outras maravilhas.
Resultado: nesses últimos anos, o CD embalou tanto minhas melhores horas que praticamente furou. Arranhado, não toca mais nem em computador nem nos aparelhos mais “pé duro” que tenho, capazes de rodar qualquer mídia. Snif. Lá se vai embora Tim Maia mais uma vez.
Beijus!
Não joga o bicho fora p que eu posso recuperar. A mídia, pois não faço mais idéia de onde tirei o repertório. Aliás, faço sim, de um piratão comprado na Savassi.
Ric