Foto: Helen Nezdropa

Só agora percebo que se passaram 10 dias desde meu último post. Foram dias de glória (com e sem trocadilho). Bati os 3 mil acessos ao meu site e abandonei o blog nos dias em que completei 50 anos, fiz festa e recebi parte da família de BH em Brasília. Mas vamos lá.

Quando saí do jornal, disse que agora poderia ler não lançamentos porque o dever de ofício ficara pra trás. Aí a Glória minha irmã me intimou a ler A menina que roubava livros, de Marcus Zusak (foto), lançado em 2007, e o iniciei com certa resistência porque achei meio chato. Estava errada. O livro é ótimo. Tem quase 500 páginas, que encerrei hoje. Ambienta-se na Alemanha nazista, entre 1939 e 1943, numa comunidade de gente normal, gente boa, que teve que se submeter ao que o país virou sob o comando do Führer.

A tal menina, filha de comunistas, é adotada por um casal que a ajuda a se salvar (moral e literalmente) em meio ao caos da guerra, das perseguições, da falta de sentido. Liesel aprende a ler e a roubar livros, ajuda a esconder um judeu no porão, relaciona-se com um menino da mesma idade e de índole igualmente boa, enquanto caem bombas por toda parte. A morte narra os fatos com poesia e crueldade, como sói ser numa história de “humanos”, como ela diz.

Um belo romance do escritor australiano, que ouviu dos pais casos de gente comum na Alemanha natal durante o período nazista.

Beijocas!