A demora em postar, desta vez, se deu porque vim parar em Joinville, na cobertura do Festival de Dança daqui. Pude, assim, assistir, na noite de quarta-feira, à estréia da turnê brasileira de Mikhail Baryshnikov, com espetáculo em que as coreografias refletem sobre a passagem do tempo, o ofício do bailarino, as vaidades que passam, enquanto a essência dos sentimentos permanece. Ele está com 59 anos, com suas ruguinhas de lei, mas inteiraço, sequinho, um belo eco daquele deus louro que fugiu da URSS em 1974. Agora dedicado a abrir espaço para jovens, com quem convive em seu Baryshnikov Arts Center e na companhia Hell’s Kitchen, ambos em Nova York, trocou a dança clássica pela contemporânea, mas não perdeu a elegância e a verve. Um artista maduro e completo, sem marcas de estrelismo e pleno de contribuições a dar.
Beijões!
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