Só agora li o volume de contos Ela e outras mulheres, de Rubem Fonseca, lançado no ano passado. Antes tarde do que nunca. Um dos maiores autores brasileiros em atividade, Fonseca compõe um quadro em que cada conto tem o nome de uma mulher – exceto Ela, sem nome. Nos demais, aquele universo típico do autor, com desgraças de todo tipo e uma ou outra esperança respingada aqui e ali. Alguns personagens se repetem em diferentes histórias. Zé, o pistoleiro profissional, protagoniza a mais interessante delas, sobre uma senhora, vizinha dele, maltratada pelos enteados após a morte do marido. A linguagem seca e rascante, a crueza da visão de mundo, tudo em Rubem Fonseca vai além do comum.
Beijos mil
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