O novo romance do moçambicano Mia Couto, A varanda do frangipani, tem como protagonista um fantasma que “vive” à sombra de um frangipani (árvore de flores perfumadas, deve ser algo como um jasmim), ao lado de um asilo de velhos. Pela voz do fantasma, vamos saber um pouco sobre a vida do país nesses tempos pós-guerra, em que o novo regime já não dá ouvidos aos idosos, que não valem senão pelo proveito que possam trazer. Numa linguagem altamente poética, que lembra Manoel de Barros, e com imagens de realismo fantástico e investigação policial, acompanhamos histórias de vida, amor, traição, violência. São personagens comoventes, nossos parentes num idioma tão parecido e tão diferente. Quanta musicalidade na recriação desse português mesclado com línguas africanas. Maravilha!
Beijos!
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é, eu vi esse livro do Mia. logo de cara ele foi comparado à Guimarães Rosa e eu, do meu lado, decidi jamais lê-lo. o Rosa é ruim demais, que dirá esse Mia?
Mas vim aqui por outro motivo: Clara, p q o Correio não publica mais os quadrinhos no caderno de cultura?
Caramba, a maior expressão artística criada no sec XX depois do cinema e com a vantagem de ser rápida e impressa. Será que é falta de verba do jornal?
Tô na torcida pela volta das tirinhas. Fernando gonzales, angeli e glauco são impagáveis.
[]s