Prêmio Nobel, o escritor Isaac Bashevis Singer compõe como ninguém painéis sobre a vida dos judeus na Europa do século 20 e na América, após as perseguições anti-semitas. Em Shosha, seu romance de 1978 (ano em que recebeu a láurea máxima da literatura mundial), editado este ano pela Francis, o narrador é um jovem escritor, que se enfronha em uma turma de intelectuais judeus de Varsóvia nas vésperas da invasão da Polônia. Ele, os amigos e milhões de seu povo vivem as angústias da iminência do holocausto e, enquanto debatem o que fazer, alguns defendendo a fuga, outros aceitando passivamente o que o destino lhes reservar, experimentam a fé e a descrença, amparados nas reflexões de sionistas, hassidistas, comunistas, céticos e demais posturas que permeavam seu meio. A escrita à antiga molda mais uma obra-prima de Singer, um dos grandes autores do século passado.
Beijos!
Posts recomendadosVer Todos
Delicada e forte carpintaria literária
17/05/2024
Silêncio! Precisamos ouvir o canto da iara
02/05/2024
Nas alturas escarpadas da estética
26/08/2023
Meu mais novo amigo de infância
03/03/2023
Não fica um coisa meio cincunscrita não? meio tendenciosa? Esses escritores temáticos…