Acabou que não falei do novo filme de Pedro Almodóvar, Volver, simplesmente porque perdi na época da estréia e só outro dia tive de tempo de ir ao cinema sanar a falta. Não sou daquelas que acham que tudo que o cineasta espanhol faz é genial, mas o acho grande, e sempre me tocou profundamente sua capacidade de tratar a mulher e as questões a ela atinentes. É o caso de Volver. Com aquele misto de doçura e amargor, Almodóvar entrecruza histórias de mães, filhas, irmãs, vizinhas, um pouco demonizando os personagens masculinos e perdoando tudo às mulheres – a seu modo -, mas toca em feridas sempre abertas sobre as queixas que ambos os sexos despertam nas pessoas sensíveis. E que cores!
Beijocas!
PS – A Penélope Cruz finalmente me convenceu como atriz. Está deslumbrante.

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