O novo livro de José Saramago, As pequenas memórias, é uma narrativa curta do Nobel de literatura sobre sua infância na aldeia de Azinhaga e na Lisboa dos anos 20 e 30. Repleto de imagens comoventes da parentada, de primos e primas com quem ele viveu as primeiras (e inesquecíveis) emoções de descoberta, não usa o costumeiro estilo livre de escrita que marca seus romances, mas uma narrativa mais direta, bem-humorada, para contar casos singelos. O machucado, a brincadeira, o jeito de ser de um vizinho. O nome do relato resume aquela definição de “pequeno” que outros memorialistas já exploraram – vide o recente A altura e a largura do nada, em que Ignácio de Loyola Brandão revisita a Araraquara de sua infância.
E beijocas!
Posts recomendadosVer Todos
A descoberta do Brasil e outros deslocamentos
Delicada e forte carpintaria literária
Diferentes emoções numa impressionante coleção de contos
Silêncio! Precisamos ouvir o canto da iara
Nas alturas escarpadas da estética
Falta de pensamento e de contato com a realidade, e a canalhice de sempre