O ano em que meus pais sairam de férias, de Cao Hamburger, é imperdível. Não só pela história do menino deixado pelos pais em São Paulo, quando eles têm que fugir da ditadura militar, em 1970. Não só pela deliciosa (e emocionante) mescla de política e futebol, em plena campanha do tri. Não só por fazer um recorte poético sobre um país e uma cidade forjados nas diferenças culturais. Não só pelas interpretações impressionantes das crianças e dos adultos protagonistas. Não só pela música, fotografia, montagem. O ano em que meus pais saíram de férias parte de uma belíssima história para falar de perda e abandono, de crescimento e dor, de descoberta e desejo. Tudo pela ótica de um menino na curva entre a infância e a adolescência, num Brasil em transformação. Quanta poesia, quanta realidade. Já está nos cinemas. Não percam!
E beijos!
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