Desculpem-me a ausência – muito trabalho, feriado e a falta de acabar de ler algo. Terminei, enfim, o lindo A altura e a largura do nada, de Ignácio de Loyola Brandão. Belíssimo relato de memórias, que se mescla a ficção e poesia, quase um almanaque sobre a Araraquara nativa do escritor, onírica, idílica, sua infância, juventude e o olhar recuperado pelo adulto diante do tempo/ espaço que era e não é mais. Me tocou fundo, principalmente porque, no mesmo tom de Manuel de Barros, resgata a importância do nada, do pequeno, do banal, do desimportante. E porque redimensiona para mim um escrito que fiz há um ano e que engavetei, ou melhor, no estilo das cozinheiras de mão cheia (que não sou), pus a massa para descansar. Quem sabe chegou a hora de socá-la um pouco mais e tirar do forno?
Beijos aflux!
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