Diferentemente do Haiti, em que a tragédia chegou ao conhecimento de todo o mundo em questão de horas, para saber da existência de Araras e do fenômeno que atormentava a sua gente por décadas era preciso que alguém fizesse chegar aos moradores de um grande centro urbano aquele drama, aquela história, ignorada por todos, até por quem, de alguma forma, a conhecia, mas se recusava a tomar uma atitude.
A série de reportagens de Renato Alves sobre os portadores de xeroderma pigmentoso no interior de Goiás representou o momento de mudança na situação daquela comunidade, até então desprovida de direitos e de apoio. As matérias publicadas no Correio Braziliense deram visibilidade ao problema, levando as pessoas a viver uma nova realidade.