Sangue negro não ganhou o Oscar, mas pode ser considerado um grande filme, e não apenas pela primorosa interpretação de Daniel Day-Lewis, premiado com toda a justiça. O filme de Paul Thomas Anderson desnuda o nascimento da ideologia que fez da América o império consumista, vazio de valores verdadeiros, o paraíso da exploração capitalista. Pela trajetória de um empresário do petróleo, acompanhamos a ascensão e decadência do símbolo maior do sistema, o self-made-man sem escrúpulos, sem moral e sem sentimentos.
Fora isso, o filme explora ótimos trabalhos de ator, fotografia, reconstituição de época e mergulhos, em ritmo de silêncio e introspecção, na vida de um personagem tão malévolo quanto fascinante.
Beijos!
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