Li o romance “Trindade”, de Terezinha Pereira, minha amiga escritora de Pará de Minas, uma história que mistura, amor, cultura mineira e história, ambientada em Tiradentes.
Além da trama em torno de um casal que procura respostas sobre origem e passado, o melhor do romance é revisitar Tiradentes, com “inferno e maravilhas” que marcam a cidade histórica mineira.
Saudades do patrimônio cultural e das tradições religiosas, das personagens vivas ou vindas do passado, da paisagem impactante da antiga São José del-Rei, com a imponente Serra de São José como moldura. E como é importante que a autora denuncie o mau uso que certo turismo agressivo faz da cidade, como pude observar em minhas idas lá, para o Festival de Cinema, tempos atrás.
Há seis anos não vou a Tiradentes. Das últimas vezes que fui, aquelas pessoas que amam a cidade, artistas e cidadãos ali nascidos ou que a adotaram como destino de suas artes e ofícios, lutavam para conter a degradação da ocupação indiscriminada, do esgoto, do descaso, do desrespeito pela história viva ali contida.
Em “Trindade”, enquanto acompanhamos a narrativa do amor de Rodrigo e Letícia, enquanto viajamos pelos caminhos e pelos sabores da terra amada, renovamos o cuidado com seu passado, seu presente e seu futuro, para que tanta riqueza não se perca na sede de matar a galinha dos ovos de ouro.
Vida longa a Tiradentes humana, cultural, histórica e ambiental!
Beijocas!
Oi, Clara
Muito obrigada!
Pela leitura e pelo comentário.
Que alegria!
Beijo,
Terezinha