Se o amor já é a coisa melhor da vida, O maior amor do mundo é um dos melhores filmes em cartaz, um dos mais acertados de Cacá Diegues, um dos mais tristes da temporada. Praticamente sem senões: a linda história de um homem seco, vazio, à procura do passado, onde um resquício de sentimento possa dar-lhe alento para os últimos dias de vida. José Wilker, ator tradicionalmente caricatural e pouco afeito a papéis mais profundos, convence como o cientista famoso à beira da morte, que vai parar na favela onde poderia ter sido criado e se envolve com uma vidente, uma linda moça e um menino do tráfico. Paralelamente ao seu drama pessoal, percorre um Brasil desconhecido para ele, da elite, o embrutecimento real que não o choca. Há ainda o pai, vivido duplamente por Sérgio Brito e Marco Ricca, um capricho de interpretações.
Beijocas!
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