Meu sobrinho Hugo, companheiro de filmes de ação e ficção e conselheiro para assuntos científicos (junto com o Bê, claro), me explicou que as premissas do filme “Lucy”, de Luc Besson, estão erradas. Não usamos apenas 10% da nossa capacidade cerebral, como se costuma dizer. Usamos 10% de cada vez. Isso quer dizer que, a cada tipo de atividade, exercitamos uma porção do cérebro.
No filme, a partir de uma droga injetada lentamente em seu organismo (a droga foi colocada dentro de seu abdômen por traficantes que a sequestraram, o pacote estourou e o troço começou a vazar), a Lucy do título (Scarlett Johansson, foto) vai aumentando sua capacidade cerebral. De força física e esperteza, ela passa a possuir superpoderes, como leitura da mente, controle da energia, interferência em objetos etc. etc.
O Hugo me explicou que, se a gente pudesse usar mais que 10% da capacidade cerebral, o máximo que iria acontecer seria conseguir, ao mesmo tempo, escrever um poema, decifrar uma equação complexa, tocar piano e montar um cubo mágico. Mais ou menos por aí.
No filme, Lucy vai ficando superpoderosa e conta com os conhecimentos de um cientista, Morgan Freeman, para ver o que faz com aquilo, numa viagem lisérgica de comunhão com o cosmos. Enquanto isso, a quadrilha internacional tenta pegá-la, ela foge, luta, protagoniza uma interessante fita de ficção e ação. Gostei, apesar das ressalvas do Hugo.
Beijos!
Deixando o registro de minha passagem por aqui: mais um ótimo texto, como de costume, sempre muito bom de ler.