Foto: Divulgação/Culturascópio
Só agora li o romance Eternidade e desejo, da portuguesa Inês Pedrosa, lançado em 2007. Nele, pela primeira vez, a premiada autora ambienta uma história sua no Brasil. A narradora é uma intelectual portuguesa que ficou cega num evento trágico, quando se interpôs à bala que matou o brasileiro por quem ela se apaixonara, e que morreu naquele momento. Admiradora da obra do Padre Antônio Vieira, Clara se encantou por um professor ligado ao autor dos Sermões e veio para o Brasil atrás dele. Tempos depois do assassinato dele e de sua cegueira, ela volta ao nosso país com um amigo, apaixonado por ela, e tenta se desvendar através da Bahia, de Vieira, dos sons e cheiros (já que as imagens lhe são vetadas) do país que a remidirá. Aqui se reencontra no amor por um baiano (homenagem a Caetano Veloso, por quem Inês Pedrosa nutre outra paixão) e na relação com outra Clara, a viúva do professor que desencadeou toda a história.
Interessante a colocação das diferenças culturais, a tentativa de evitar uma folclorização (às vezes inevitável) da religião afro, a louvação de um Brasil plural e rico de emoções como o Portugal da autora já não é tanto.
Interessante a colocação das diferenças culturais, a tentativa de evitar uma folclorização (às vezes inevitável) da religião afro, a louvação de um Brasil plural e rico de emoções como o Portugal da autora já não é tanto.
Beijos!
Clara, tudo bem? Vou procurar o livro para ler. Aproveito e peço que visite meu blog? pedalmusical.wordpress.com
Acho que vai gostar!
Beijos e saudades
Ronaldo Mendes