Assisti ao show de Mercedes Sosa na noite de sexta, em Brasília, e fez-me falta o lencinho que o João Paulo me recomendou levar. Lágrimas de emoção por uma grande dama – alquebrada pela doença, excesso de peso e dificuldade de locomoção, mas com a bela voz intacta, potente, doce, macia, arma de luta numa vida de entrega a boas causas. Mercedes envolveu a platéia com seu canto e suas histórias, falou dos autores e das músicas, da carreira corrida, do amor pelo Brasil. Cantou Gracias a la vida e Volver a los 17, ambas de sua amiga Violeta Parra, mas não deixou de lado os amigos brasileiros em Insensatez (Tom Jobim), Gente humilde (Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque), Coração de estudante (Wagner Tiso e Milton Nascimento) e Encontros e despedidas (Milton e Fernando Brant) – sem falar que, ao deixar o palco após 17 números, saiu cantarolando Maria Maria, da mesma dupla. Uma felicidade estar presente ao reencontro com artista de tanto talento e dignidade.
Beijocas!
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