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Nas minhas pesquisas em torno dos Beatles (já contei que são o tema do meu próximo romance? Se não, esta é a novidade), acabo de ler a biografia John Lennon – A vida, escrita por Philip Norman (Companhia das Letras). Mais um calhamaço de 800 e tantas páginas, com detalhes de antes, durante e depois do período em que ele, com Paul, George e Ringo, mudou o mundo.

Em que pese um tom levemente anti-Paul e pró-Yoko (o que é natural, já que o autor necessariamente contou com a colaboração dela para narrar os anos em que o casal viveu junto), o livro revela bem a alma do biografado e acompanha o céu e o inferno de sua existência tão torturada.

Em comparação com The Beatles – A biografia, de Bob Spitz (Larousse), que li logo antes, achei que Norman foi um pouco complacente com a passagem em que John e Yoko se viciam em heroína. “Detalhes” como esse não podem aparecer en passant.

No mais, a biografia informa e emociona, como na entrevista final com Sean. Como diz o autor, é claro que uma pesquisa de tal monta possui seus defeitos e os beatlemaníacos vão sempre encontrá-los.

Beijocos!