
Amigos, jornalistas como Cláudio Arreguy ou de outras profissões, já haviam comentado aqui como é bom o filme “The Post”. Trata de um momento crucial para a liberdade de imprensa nos Estados Unidos, quando o Washington Post desafiou o presidente Nixon e um juiz local e publicou matéria denunciando o governo norte-americano, que sabia há décadas da impossibilidade de ganhar a guerra no Vietnã e mesmo assim mandava milhares de jovens para morrer do outro lado do mundo.
A questão vai para a Suprema Corte, que se baseia na Primeira Emenda para permitir a publicação do caso. A conclusão: a imprensa deve estar a serviço dos governados, não dos governantes.
A gente que militou a vida toda na imprensa e vê hoje o ocaso da profissão, dos veículos, do senso ético e moral, do profissionalismo que tanto cultuamos, se emociona e chora durante o filme de Steven Spielberg. Tom Hanks e Merryl Streep (foto) dão vida, respectivamente, ao editor geral e à dona do jornal que tomam a decisão de confrontar os poderosos para servir à notícia e ao público. Pode alguma coisa com esses dois ser ruim? Dificilmente.
Chorei pelas emoções do excelente thriller, mas sobretudo pela tristeza de ver o que fizeram do jornalismo (e da Justiça) no Brasil de hoje. Será que ainda há esperança? Só mesmo com muita luta.
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