Incansável, Philip Roth acaba de lançar nos EUA novo romance, enquanto o penúltimo, Fantasma sai de cena, mal chegou ao Brasil. Fantasma possui todos os fantasmas que assombram o escritor norte-americano, como o câncer, o sexo, o amor, a origem judia e, mais recentemente, doença e morte. O alter ego do autor, Nathan Zuckerman, está com 71 anos e há 11 sem relação sexual, desde que contraiu câncer de próstata e, por conseqüência, ficou impotente e com incontinência urinária. Afastado da humanidade, morando nas montanhas, dá uma fugida a Nova York em busca de um tratamento para a incontinência. Acaba deparando com outros fantasmas: jovens escritores ávidos por boas histórias, que, em busca de escândalo e sucesso, revolvem o passado de um autor por quem Zuckerman teve admiração e amizade; uma mulher sedutora que vai tirá-lo da imobilidade e jogá-lo novamente numa paixão juvenil; dilemas da escrita, da memória, da honra e da ética, que tornarão seu curto presente e seu futuro incerto ainda mais intoleráveis. Mais uma grande obra de um autor que escarafuncha o que temos de melhor e pior e constrói a saga do nosso tempo.
Beijocas!
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