Uma confusão internética me fez crer que a escritora mineira Maria Esther Maciel fosse lançar agora, em Brasília, seu novo romance, O livro dos nomes, o que me levou a lê-lo depressa para fazer matéria a respeito. O lançamento, na verdade, havia sido em abril! De qualquer maneira, foi bom o mal-entendido, porque assim tive o prazer de reencontrar a escrita da mãe de O livro de Zenóbia, que também era pura poesia em prosa. No Livro dos nomes, em forma de abecedário, Esther conta histórias de personagens com cada letra do alfabeto, todas na mesma estrutura – quatro capítulos curtos para cada um -, mas as partes do mosaico construído constituem um único universo familiar e social. A ambientação evoca os interiores de Minas – tanto no sentido geográfico quanto no psicológico. A narrativa direta não esconde o trabalho rigoroso com a palavra e o acabamento primoroso do texto. Literatura de sustança, como Esther já havia demonstrado nas investidas anteriores.

Beijins!