Tem razão o Tiago Faria, crítico de cinema aqui do Correio Braziliense, sobre a ruindade do filme Deite comigo. Misto de tudo quanto é proposta supostamente erótica, que vai de Orquídea selvagem à citação de Tinto Brass, a fita canadense parte de uma falsa liberalidade para mostrar os caminhos da repressão de uma mulher que, no início da história, adora sexo e, depois que se apaixona, descobre que amor e erotismo são tão diferentes quanto incompatíveis. De enredo moralista e interpretações pífias, Deite comigo é fake em tudo, do título às justificativas – basta dar uma espiada nos pais da menina e do cara para se ter a exata medida da superficialidade dos perfis psicológicos dados pelo “desajuste familiar”. Quase nada se salva no filme. Talvez a amiga da protagonista, mais divertida e menos encucada para falar de sexo e amor.

E beijins gerais!