Por um imperdoável lapso da minha parte, não registrei aqui a leitura, no segundo semestre do ano passado, de O livro dos impossibilidades, de Luiz Ruffato, quarto volume da tetralogia (ou vem mais por aí?) Inferno Provisório, do escritor mineiro. Como toda a obra do autor de Eles eram tantos cavalos, este é um livro de estrutura híbrida, uma coleção de contos cujos personagens se entrelaçam e relacionam inclusive com títulos anteriores. O universo abrangido também. Vem de Cataguases, Zona da Mata mineira, como Ruffato, que nasceu na terra de Humberto Mauro e dos escritores modernistas que agitaram Minas e o Brasil na primeira metade do século 20.
No livro, figuras que viveram os anos 60 na região pobre, rural e sem perspectiva, migraram para a cidade grande e conheceram violência, perda de identidade, o passado de inocência trocado por um futuro cinzento e não menos sem perspectiva. Além de tudo, Ruffato possui um conjunto próprio de recursos que fazem de sua escrita um deleite em si.
Beijocas!
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