O escritor sueco Henning Mankell é um dos meus preferidos no quesito autor policial. Em que pese a paisagem gelada daquela região do planeta, suas histórias são quentes. O protagonista delas, Kurt Wallander, é um herói com todos os traços mais interessantes do gênero: inteligente, culto, sensível, sofrido… E o romance dele que acabo de ler, O guerreiro solitário (Companhia das Letras, 484 páginas), possui todas das características de uma literatura policial densa e tensa, inteligente e intrigante.
Como sempre, Mankell usa o thriller para explorar as mudanças na vida do país e do planeta. Elas servem de pano de fundo para o horror que se instala nos novos momentos vividos pelas pessoas numa virada de milênio cheia de complexidade. O romance é de 1995, mas a tradução só chegou este ano ao Brasil.
A trama envolve Wallander na investigação de um serial killer que age na sua região, em Skane, no início do verão, às vésperas das férias do investigador e de meia Suécia. O criminoso é cruel e age com requintes, o herói se coloca como alvo, o que deixa o leitor com o cabelo em pé, e há ainda uma situação envolvendo violência e tráfico de mulheres. São quase 500 páginas de ação e emoção.

Então, beijos!