O nome do diretor credencia Invasão de privacidade: Anthony Minghella, o mesmo de O paciente inglês, Cold mountain e O talentoso Ripley. Mais do que isso eu não sabia ao sair de casa para ver seu novo filme. Que ótima surpresa. Profundamente atual, antenado na globalização – no sentido de tratar problemas que se originam e geram conseqüências em esfera global -, conta as histórias cruzadas de duas famílias na iminência da dissolução. Will e Liv vêm aprofundar sua crise matrimonial à medida em que se agrava o distúrbio da filha, certo tipo de autismo. O escritório dele é invadido e roubado seguidas vezes por uma gangue da qual faz parte o menino Miro, filho de Amira. Mãe e filho são bósnios muçulmanos que fugiram dos massacres em Sarajevo. Enquanto investiga o roubo, Will acaba se envolvendo com Amira, misturando sentimentos como procura por amor e compaixão. No trabalho, paralelamente, o arquiteto Will atua na recuperação de áreas urbanas degradadas, como o epicentro de uma região violenta da Londres dos sem oportunidade, da violência e da falta de perspectiva.
O surpreendente é como Minghella, além de diretor, também roteirista , conduz a solução dos conflitos. Um grande filme, imperdível.
Beijos!
PS – Não poderia deixar de citar duas outras questões: a opção ética do personagem principal, que nos permite sair da sala de cinema acreditando que nem tudo está perdido, e o elenco excelente, encabeçado por Jude Law e Juliette Binoche.
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