Foto: Dvulgação
Um Almodóvar maduro é garantia de excelência. Abraços partidos, o novo filme do diretor espanhol, pode ser definido assim. História de amor com uma série de outras complexidades, a fita traz uma trama em que visão e cegueira, culpa e redenção se entrelaçam para formar um painel de nada singelas emoções.
Pedro Almodóvar hoje em dia domina de tal forma a linguagem cinemtográfica que todas as referências que faz à história do cinema se encaixam de forma não linear nem didática. E as há de monte em Abraços partidos, na história do diretor que fica cego ao perder a mulher amada e, com ela, a identidade, a história, o passado. Mas nem (sempre) tudo está perdido, quando há remissão e resgate, com a possibilidade de construção do novo a partir dos erros de outrora.
Penélope Cruz e Lluis Homar (foto) atuam com brilho, ao lado de todo um elenco perfeito, sob a batuta de um cineasta que criou um universo narrativo fascinante, em que nenhum elemento é gratuito e tudo se compõe para criar uma obra tão intrigante quanto prazerosa.
Beijins!
Sou suspeitíssimo para falar de Almodóvar. Só me resta deixar meu suspiro por mais essa obra-prima e o desejo de que os hiatos deste gênio sejam cada vez menores. Beijos!